Uma história concisa da música ocidental
Coleção: Interdisciplinares
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Informativa e imersiva, esta história da música ocidental se orienta pelas transformações sociais da noção de tempo ao longo dos séculos. Paul Griffiths mostra como a evolução das formas musicais no ocidente sempre acompanhou percepções de diferentes temporalidades, desde a eternidade divina dos céus até o nanossegundo do computador.
Em 24 capítulos breves, são apresentados compositores e intérpretes, teorias e obras, mas também discussões e ideias em constante movimento sobre o que é música e qual sua função.
O livro recua à pré-história, registrando flautas feitas de escápulas, datadas de 9.000-8.000 anos atrás. Analisa os fundamentos da música grega, o surgimento da notação musical e da partitura, chegando até as inovações formais no século 21 e indicando sempre as correspondentes transformações do conceito de tempo. Sua narrativa nos transporta para aldeias neolíticas, igrejas medievais, salões de cortes europeias, teatros de ópera e palcos contemporâneos.
Uma história concisa da música ocidental oferece uma introdução acessível a estudantes e interessados, sem notas de rodapé e com o mínimo de termos técnicos, todos definidos em glossário. Ao mesmo tempo, sua abordagem criativa e rigorosa torna o livro valioso para professores e músicos.
A edição traz ainda recomendações de leituras e gravações para cada um dos capítulos.
ANO DE LANÇAMENTO 2024
ISBN 978659979529-9
ACABAMENTO Brochura
CAPA Estúdio Arquivo
FORMATO 13,5 cm × 21 cm
PESO 0,490 kg
PÁGINAS 400
TÍTULO ORIGINAL A Concise History of Western Music
Autor
Paul Griffiths nasceu no País de Gales, em 1947, e é considerado um dos principais musicólogos britânicos. Além de crítico musical, escreve obras de ficção e libretos. É autor da obra de referência The Penguin Companion to Classical Music e tem dois livros publicados no Brasil, Enciclopédia da música do século 20 e A música moderna: uma história concisa e ilustrada de Debussy a Boulez.
O que falaram do livro
Para músicos, esta história da música apresenta uma abordagem por vezes inusual, que desperta novas formas de pensar essa arte; para os leigos, é um livro acessível e entusiasmante.”
CAMILA FRESCA
Pesquisadora e jornalista especializada em música
Sem solavancos, atraindo e prendendo nossa atenção, […] jamais cai na banalidade de empilhar grandes compositores […] Evita a linguagem difícil, que afasta os leitores. Nem baixa o nível repetindo as obviedades em geral presentes nas chamadas histórias concisas.”
JOÃO MARCOS COELHO
O Estado de São Paulo
[…] a atenção às formas como as diferentes músicas do passado e do presente ‘avançam no tempo’ é a principal novidade deste livro […] o livro é engenhoso e bem fundamentado.”
JOSEPH KERMAN
The New York Review
Sob um título neutro, há um texto extremamente cuidadoso: uma história concisa, como está na capa, mas também uma meditação afetuosa sobre a filosofia da música.”
THE GUARDIAN
O leitor em geral e nossos alunos sempre mereceram uma introdução mais imaginativa e criticamente envolvente da história da música. O livro de Paul Griffiths atende muito bem a esse propósito. […] O aspecto mais impressionante do livro é seu conteúdo abrangente, comparativo e inclusivo. A música do cabaré, Elvis Presley e os Rolling Stones são considerados. Debussy e Ives são discutidos na mesma frase quando o autor fala sobre compositores que exploram novas harmonias.”
PAUL WATT
professor de música e co-editor de
The Oxford Handbook of Music and Intellectual Culture in the Nineteenth Century
Narrativa fascinante e detalhada […] sem dúvida, um dos livros mais estimulantes sobre a música ocidental.”
BBC MUSIC MAGAZINE
Trechos do livro
Uma pessoa sentada em uma caverna faz buracos em um osso esvaziado do tutano, move-o em direção à boca e assopra... uma flauta. A respiração vira som, e o tempo, através desse som, recebe uma forma. Ao ser som e tempo formado, a música começa. Ela deve ter começado muitas vezes. É quase certo que tenha começado em Geissenklösterle, no sudoeste da Alemanha, e em Divje Babe, na Eslovênia – dois lugares onde foram encontrados fragmentos de ossos drenados com furos inexplicáveis, entre 45.000 e 40.000 anos atrás, mais ou menos quando nossa espécie surgiu. É bem provável que, tão logo aparecemos, já estávamos fazendo música. Nessa época, fazíamos música com instrumentos que ou acabaram se desintegrando com o tempo ou sequer foram reconhecidos como tais, incluindo flautas de junco, tambores feitos de troncos, talvez pedras, chocalhos feitos de sementes, isso para não falar de batidas dos pés, palmas, vozes. [p. 11]
Todas as culturas musicais dependem das informações passadas de uma geração a outra, que sem dúvida são transmitidas com alterações; é assim que tradições são construídas. O que diferencia a tradição da música ocidental das demais tradições é sua grande dependência da notação, e isso tem consequências importantes. Em primeiro lugar, a notação estabelece uma separação entre compositores (que criam uma música que vai permanecer) e intérpretes (que recriam essa música no momento). Essa distinção existe em outras culturas, como a cultura tradicional chinesa, mas não há paralelo para o conceito ocidental de obra musical, como uma sinfonia de Beethoven, que é escrita em detalhes e que permite, portanto, apresentações que serão imediatamente reconhecidas como versões da mesma coisa. [p. 15-16]
Índice do livro
Agradecimentos
Capítulo 0 – Pré-história
Parte I. O tempo pleno
1 – Dos babilônios aos francos
Parte II. O tempo medido: 1100-1400
2 – Trovadores e organistas
3 – Ars nova e o relógio de Narciso
Parte III. O tempo percebido: 1400-1630
4 – Harmonia, a luz do tempo
5 – O brilho da Alta Renascença
6 – Reforma e sofrimento
7 – Falar em música
Parte IV. O tempo conhecido: 1630-1770
8 – Manhãs barrocas
9 – Fuga, concerto e paixão operística
10 – Rococó e reforma
Parte V. O tempo incorporado: 1770-1815
11 – A sonata como comédia
12 – O ímpeto da revolução
Parte VI. O tempo escapando: 1815-1907
13 – O surdo e o cantor
14 – Anjos e outros prodígios
15 – Os novos alemães e a antiga Viena
16 – Noites românticas
17 – Anoitecer e amanhecer
Parte VII. O tempo emaranhado: 1908-1975
18 – Começar de novo
19 – Para diante, para trás e para os lados
20 – As necessidades do povo
21 – Começar de novo e de novo
22 – Redemoinho
Parte VIII. O tempo perdido 1975-
23 – Ecos no labirinto
24 – Interlúdio
Glossário
Leituras e gravações recomendadas
Índice onomástico