Escutando com o terceiro ouvido
A experiência interior de um psicanalista
Theodor Reik
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Escutando com o terceiro ouvido é o livro mais conhecido de Theodor Reik (1888–1969), psicanalista de origem austríaca e próximo de Freud. Nesta obra de amplo escopo, Reik entrelaça conceitos, reflexões pessoais, anedotas e relatos de casos, decorrentes de mais de trinta anos de prática clínica, para oferecer uma descrição apurada daquilo que se passa no encontro analítico.
Reik procura reconstituir os passos pelos quais Freud desenvolveu a psicanálise, mas desta vez sob um novo ângulo: o da auto-observação e da autoanálise do próprio autor, que foi um dos pioneiros da análise leiga.
Sua noção de “terceiro ouvido”, instrumento intuitivo para a percepção do inconsciente e de conteúdos recalcados, abriu caminho para a exploração de alguns dos temas centrais da psicanálise contemporânea: a intersubjetividade, a comunicação inconsciente e o papel da contratransferência na escuta clínica.
Livro fundamental da história da psicanálise, Escutando com o terceiro ouvido ficou conhecido por sua prosa admirável que tem conquistado tanto os especialistas quanto o público mais amplo interessado em psicanálise.
ANO DE LANÇAMENTO 2025
ISBN 978658314006-7
ACABAMENTO Brochura
CAPA Henrique Xavier
FORMATO 16 cm × 23 cm
PESO 0,700 kg
PÁGINAS 560
TÍTULO ORIGINAL Listening With The Third Ear – The Inner Experience of a Psychoanalyst
Autor

Theodor Reik (1888–1969) foi um dos primeiros discípulos de Freud e um dos pioneiros da análise leiga (análise conduzida por profissionais sem formação em medicina). Referência para várias gerações de analistas, tornou-se um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da psicanálise nos EUA, dedicando-se integralmente à prática clínica e à escrita psicanalítica.
O que falaram do livro
O livro de Theodor Reik é o primeiro a virar a psicanálise do avesso, isto é, a examinar o processo analítico do ponto de vista da experiência interior do analista. A abordagem original do autor e sua honestidade impressionante colocaram em foco os métodos, as incertezas, as limitações, e as realizações da psicanálise.”
The Atlantic Monthly
(…) uma visão esclarecida da psicanálise para o público amplo (…) Pessoal, anedótico e à vontade com uma variedade de experiências, Reik dirigiu-se ao estudante de psicanálise, bem como ao leitor em geral, e enfatizou o quão produtiva poderia ser a descoberta da experiência inconsciente.”
Jane Kupersmidt
psicanalista
Inconfundivelmente original, Reik soube libertar-se dos engessamentos e da rigidez técnica que tantas vezes marcaram as instituições de formação psicanalítica e os analistas delas provenientes. E fez isso sem jamais renunciar ao rigor clínico”
Marina Bialer
autora de Historiando a Psicanálise
Trechos do livro
Este livro retraça os passos pelos quais Freud atingiu seu objetivo. É uma introdução à psicanálise de um novo ângulo: do ponto de vista da auto-observação e da autoanálise. Busca, desse modo, apresentar o leitor a um terreno novo e estranho, ao iniciar justamente onde outros pesquisadores param (...) Meu livro investiga os processos inconscientes do próprio psicanalista; ele mostra o outro lado da moeda. É uma tentativa – até onde eu saiba, a primeira – de descrever o que um investigador dos processos mentais inconscientes de outra pessoa realiza, e o que ele alcança. [p. 14]
Nada do que é dito a nós, nada que podemos aprender com os outros, nos atinge tão profundamente como aquilo que descobrimos em nós mesmos. O máximo que um psicanalista pode fazer pelo paciente e pelo aluno é atuar como parteira ou obstetra mental. Todos têm de trazer seu próprio filho ao mundo. O psicanalista só pode ajudar no parto; ele pode aliviar as dores do parto. Ele não pode influenciar o processo orgânico de nascimento, nem em si mesmo nem nos outros.[p. 35]
O analista não ouve apenas o que está nas palavras; ele ouve também o que as palavras não dizem. Ele escuta com o “terceiro ouvido”, ouvindo não só o que o paciente fala, mas também suas próprias vozes internas, aquilo que emerge de suas próprias profundezas inconscientes. Mahler disse, certa vez: “O mais importante da música não está na partitura”. Para a psicanálise também, o mais importante não é o que é dito. Parece-nos mais importante reconhecer o que a fala oculta e o que o silêncio revela. [p. 150]
Índice do livro
Introdução
Parte I : “Eu mesmo sou um estranho aqui”
1. Como alguém se interessa por psicologia?
2. Como Freud descobriu a psicanálise
3. “Não há esconderijo lá embaixo”
4. Eine Kleine Nachtmusik
5. Vinte anos depois
6. “Pergunte ao seu coração aquilo que ele conhece…”
7. A voz do meu pai
8. O amor e o déspota sombrio
9. O chamado da vida
10. Mudando para outra estação
Parte II : A oficina
11. A atmosfera
12. No princípio é o silêncio
13. A abordagem
14. Observação consciente e inconsciente
15. O terceiro ouvido
16. Atenção livremente flutuante
17. Quem sou eu?
18. Insight
19. Conjectura
20. Compreensão
21. Do verdadeiramente surpreendente ao surpreendentemente verdadeiro
22. Psicanálise e chiste
23. O psicanalista surpreso
24. A jovem e a velha senhora
25. Camuflagem neurótica
26. Direto da boca dos bebês
27. Em busca das ideias e emoções perdidas
28. O momento psicológico
29. Esconde-esconde
30. Lembrança e reminiscência
31. De inconsciente para inconsciente
Parte III : Rua de mão dupla
32. Um caso incompreendido
33. A questão da evidência
34. Funciona nas duas direções
35. O caminho sinuoso em direção a si mesmo
36. Intermezzo Capricioso
37. Psicanálise por hábito
38. Não há uma estrada real através do inconsciente
Parte IV : A linguagem da alma
39. Dicção e contradição
40. O psicanalês (Scherzo)
41. As experiências de outras pessoas e as suas
42. O mecanismo da antecipação
43. O choque do pensamento
44. A coragem de não entender
Despedida
Bibliografia
Sobre o autor







