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Psicanálise das neuroses de guerra
Edição ampliada
Sándor Ferenczi, Freud, Abraham, Simmel
TRADUÇÃO, APRESENTAÇÃO E NOTAS Bruno Carvalho
POSFÁCIO José Brunner
TEXTO DE ORELHA Renato Mezan
Coleção: Histórias da Psicanálise
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SOBRE O LIVRO
Em 1919, a Editora Psicanalítica Internacional, idealizada por Freud, publicava seu primeiro título, reunindo as conferências apresentadas durante o 5º Congresso Internacional de Psicanálise, ocorrido no ano anterior em Budapeste. Entre os conferencistas, estavam Sándor Ferenczi, Karl Abraham e Ernst Simmel, que trabalharam como médicos na Primeira Guerra e lidaram diretamente com as neuroses e os traumas psíquicos dos soldados.
A importância da publicação da tradução deste livro, mais de cem anos depois, não se limita ao mero registro editorial de um título que marcou a história da psicanálise e que esteve indisponível em português na íntegra. Sua importância está, sobretudo, na compreensão que ainda oferece sobre debates fundamentais do campo psicanalítico e de suas relações com o saber médico.
Os anexos desta edição visam contextualizar e elucidar, sob o aspecto temático, a discussão encaminhada pelo livro de 1919. Além de duas contribuições de Ferenczi, a edição inclui ainda o parecer de Freud redigido para o julgamento de Julius Wagner-Jauregg (médico responsável pela psiquiatria institucional na Áustria durante a Primeira Guerra), assim como a transcrição de parte da audiência na qual se deu o diálogo entre Freud e Wagner-Jauregg. O posfácio de José Brunner procura situar a posição da psicanálise no contexto político da Primeira Guerra, evidenciando sua relevância social e apresentando um panorama de suas relações com a psiquiatria na época.
Psicanálise das neuroses de guerra é uma obra fundamental para aqueles que estudam os efeitos traumáticos da guerra, mas também para psicanalistas interessados na formação dos traumas provocados pelos modos atuais de violência social.
ANO DE LANÇAMENTO 2023
CAPA Henrique Xavier
IMAGEM DE CAPA Drive in, Bruno Dunley
FORMATO 13,5 × 21 cm
ISBN 978659979522-0
ACABAMENTO Brochura (papel Pólen Bold)
PESO 0,340 kg
PÁGINAS 240
TÍTULO ORIGINAL Zur Psychoanalyse der Kriegsneurosen
AUTORES
Sigmund Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856 – Londres, 23 de setembro de 1939), considerado um dos pensadores mais influentes do século 20, foi o criador da psicanálise.
Sándor Ferenczi (Miskolc, 16 de julho de 1873 — Budapeste, 22 de maio de 1933) foi um dos principais pensadores da psicanálise de seu tempo. Sua colaboração com Freud teve início em 1908, trazendo contribuições decisivas para a técnica e a clínica.
Karl Abraham (Bremen, 3 de maio de 1877 – Berlim, 25 de dezembro de 1925) foi um psicanalista alemão, um dos primeiros discípulos de Sigmund Freud, com quem manteve intensa correspondência. Sua obra inclui estudos sobre a relação entre a psicanálise e a cultura popular, como o teatro e a literatura.
Ernst Simmel (Breslau, 4 de abril de 1882 – Los Angeles, 11 de novembro de 1947) foi um neurologista e psicanalista alemão. Trabalhou como médico na Primeira Guerra e desenvolveu pesquisas sobre as neuroses de guerra
Ernest Jones (Gowerton, 1 de janeiro de 1879 – Londres, 11 de fevereiro de 1958) foi um neuropsiquiatra e psicanalista britânico. Introduziu a psicanálise na Inglaterra e foi presidente da Associação Psicanalítica Internacional.
O QUE FALARAM DO LIVRO
A tradução deste livro resulta de um garimpo editorial que revela uma preciosidade da historiografia psicanalítica. Com essa edição, temos a oportunidade de ler um clássico e recobrar o exercício de relembrar, repetir e elaborar questões que sempre acompanham praticantes, analisandos e pesquisadores do campo psicanalítico. O subtítulo fornece o desafio: como integrar teoria psicanalítica e teoria da técnica psicanalítica sem abdicar de uma ou de outra?
DENISE SALOMÃO GOLDFAJN
psicanalista e doutora em psicologia pela Massachusetts School of Professional Psychology
Um importante documento sobre o desenvolvimento das ideias psicanalíticas no tempo dos precursores.
GUSTAVO DEAN-GOMES
autor de Budapeste, Viena e Wiesbaden – O percurso do pensamento clínico-teórico de Sándor Ferenczi
Nesta obra, cujo título desperta o interesse de qualquer psicanalista, os autores abordam os problemas fundamentais da terapia psicanalítica a partir de dois pontos de vista: o sistemático e o histórico-crítico. Uma tentativa desse tipo ocupa uma posição peculiar na literatura psicanalítica (…)
FRANZ ALEXANDER
médico e psicanalista húngaro, autor de
Psychoanalytic therapy – Principles and application
TRECHOS DO LIVRO
“Neurose” não tinha o sentido de uma condição de origem psicológica. A obra de Freud e a discussão que veremos neste livro contribui para a compreensão dessa condição por um enfoque psíquico. Pode-se dizer que a ideia de neurose surge como uma designação genérica para qualquer “doença dos nervos”, incluindo as de origem orgânica ou mecânica, e se transforma em uma outra noção com especificidade psicológica. A própria noção de trauma se amplia e pode ser considerada não apenas como impacto de uma materialidade exterior, mas também como um evento psíquico.
[do prefácio de Bruno Carvalho]
Algo que, até certo ponto, costumava ser um problema para os adversários da psicanálise era a ausência de uma teoria alternativa das neuroses, uma teoria que fosse seriamente defensável. Era obviamente impossível explicar todas as manifestações neuróticas ao usar, como bordão, os dois termos “hereditariedade” e “sugestão”, pois as nossas concepções de hereditariedade, por mais importantes que possam vir a ser no futuro, quando se conhecer mais sobre o assunto, atualmente são demasiado vagas para explicar quaisquer fenômenos psicológicos complexos.
[do artigo de Ernest Jones no livro]
O fenômeno das neuroses de guerra era de fato desconcertante para a psiquiatria de então. Os psicanalistas procuram explicá-lo com as teorias aceitas naquele momento, que enfatizavam o papel da sexualidade na causação das perturbações psíquicas. O sucesso limitado dessa tentativa – que no entanto representava um avanço frente às tolices médicas recenseadas por Ferenczi no seu trabalho – pode ser conferido nos capítulos dos colegas, assim como no tom ácido da resenha publicada em 1922 no International Journal of Psychoanalysis.
[do texto de orelha de Renato Mezan]
ÍNDICE DO LIVRO
Apresentação à edição brasileira
Bruno Carvalho
Nota editorial – Sobre os textos desta edição
I. Sobre a psicanálise das neuroses de guerra
Introdução
Sigmund Freud
A psicanálise das neuroses de guerra
Sándor Ferenczi
Primeira intervenção
Karl Abraham
Segunda intervenção
Ernst Simmel
O choque de guerra e a teoria freudiana das neuroses
Ernest Jones
II. Anexos
Resenha de 1922 da edição inglesa do livro
Sobre os dois tipos de histeria de guerra
Sándor Ferenczi
Para uma psicologia do abalo (fragmento)
Sándor Ferenczi
Neurose de guerra, eletroterapia e psicanálise (parecer e ata)
Sigmund Freud
Posfácio à edição brasileira
José Brunner
Notas
Bibliografia
NOTÍCIAS E LINKS
Resenha: “Maîtres à penser” (Denilson Cordeiro, Revista Rosa, vol. 7, julho/2023)
Apresentação: “Aquilo que vem de fora — sobre trauma e guerra” (Bruno Carvalho, Revista Rosa, vol. 7, julho/2023)
Comentário: “Qual a relevância da publicação de textos originais e traduções em psicanálise?” (Andréa Mongeló, blog Baobá)
Edição original (disponível em domínio público)
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