Lançamento de “Esse tempo que não passa”, de J.-B. Pontalis
Escrita por um dos principais psicanalistas franceses, “Esse tempo que não passa” pretende tornar sensível a constatação de que para a psicanálise o tempo fica suspenso.
Dividida em três seções – Tempo outro e outro tempo, Movimentos, Encarnações –, a obra se estrutura a partir da famosa e enigmática afirmação de Freud segundo a qual o inconsciente ignora o tempo. Pontalis expõe de maneira notável as ligações da psicanálise com a memória e com a literatura, sobretudo a partir da ideia de transferência na análise.
Ao final, o livro traz uma seleção de fragmentos literários: A cabine de trem. Pontalis vê na cabine de trem a metáfora mais adequada para evocar o que acontece, o que se troca, o que é sonhado e o que se inventa no consultório do analista.
Publicado originalmente pelas Éditions Gallimard, “Esse tempo que não passa” é uma das obras mais originais de Pontalis, autor que transitava com rigor e liberdade pela psicanálise, literatura e filosofia; nas palavras de Celso Halperin, Pontalis era “um poeta da psicanálise”.
Sobre o autor: Jean-Bertrand Pontalis (1924–2013), psicanalista, editor e escritor francês, foi membro da Associação Psicanalítica Francesa e fundador da Nouvelle Revue de Psychanalyse. Escreveu, com Jean Laplanche, a obra de referência Vocabulário de Psicanálise. Sua obra é reconhecida pela articulação original entre teoria psicanalítica e escrita literária. Foi autor de Força de atração, Entre o sonho e a dor, A psicanálise depois de Freud, entre outros publicados no Brasil.
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